Saímos do Outlet renovados em roupas, acessórios e espírito para mais um pedaço, e que pedaço, da viagem: Nova Iorque! Ali o bicho iria de fato pegar! E não foi diferente. A chegada já avisava o que estava porvir: prédios imensos, pessoas de todos os tipos, cores e tamanhos, línguas diversas que podiam nos confundir a todo o momento. Se antes brincávamos com os americanos falando em português, aqui isso não nos seria permitido, caso contrário seria constrangedor.
No primeiro dia tudo era novidade. O Hotel, cenário perfeito para um filme de Hitchcock, nos acolheu muito bem. Aliás, dormimos na nossa maior cama desde o começo da viagem: duas camas de solteiro juntas depois muito pensarmos se iríamos ou não reclamar para mudar de quarto novamente, uma vez que o primeiro quarto só tinha uma cama e um sofá. Assim, o Dudinha teve a brilhante idéia de juntar as duas camas e, tudo resolvido. Nos preparamos para o show da Ivete no Madison Square Garden, e partimos para a nossa primeira noitada em NYC. Show incrível, excelente companhia e empolgação a mil. Todos dançamos bastante, inclusive o picles!! Depois da balada fomos comer no pizza hut, um pouco distante do Hotel. Satisfeitos e barrigas cheias voltamos para nosso descanso merecido.
Se o primeiro dia foi agitado, todos os outros não poderiam ser diferentes: museus, metrô para cima e para baixo, prédios e mais prédios, restaurantes, luzes, concreto, lojas, descontos e promoções. Enfim, Nova Iorque é de fato tudo isso que falam. Ao mesmo tempo que nos sentimos apequenados pela imposição natural dos prédios, nos sentimos fortalecidos pela correria e empenho dos moradores em um dia comum de trabalho. Eles parecem formiguinhas correndo em sentidos e direções perfeitas. Que cidade! A noite tudo pode acontecer, boites, bares, restaurantes, espetáculos! Assistimos ao Fantasma da Ópera e agora fazemos parte da história desse show incrível. De cima, a acinzentada Manhattan dá espaço para os bairros vizinhos que recebem moradores dos quatro cantos do mundo: chineses, italianos, indianos, japoneses, e toda a sorte de religiões e etnias. A grande Manhattan fica pequena do alto, os grandes prédios que do chão nos assustavam, agora não nos assusta mais.
E o que dizer das memórias dos filmes que constantemente vinham à tona: Esqueceram de mim 2, MIB, os filmes do Woody Allen, King Kong. Vivemos o que vimos na telinha. Assim como vivemos também a dor do 11 de setembro. O vazio das torres gêmeas se tornou em um canteiro de obras. E como todo e bom costume americano, visitamos um pequeno museu do desastre. Fotos, vídeos, depoimentos, objetos, tudo a disposição para que possamos sofrer juntos. Da alegria a tristeza em poucos minutos. Cada cidadão ainda guarda a fatídica data, apesar de não estamparem mais em seus rostos.
E Nova Iorque foi assim, uma conquista de um sonho, um pedaço de desejo realizado. Agora falta só pouco menos de um zilhão de destinos a serem desbravados pelo mundo afora. A big Apple ficou para trás, mas guardaremos sempre na memória as gargalhadas, a cultura e obviamente os passeios de metrô.
Pedro.